quinta-feira, 30 de julho de 2009

Deixem Jesus incomodar



Sabe quando você está tomando posições em sua vida e coisas que vão acontecendo ao seu redor confirmam que você está na direção correta? Pois bem, se você é cristão, com certeza já vivenciou isso. E a idiossincrasia de alguns jogadores de futebol de nossa seleção como, Kaká, Lúcio e outros, têm recebido confirmações de que está no caminho certo.

Sinal disso, é que a atitude de nossos prosélitos atletas em demonstrar sua fé em Cristo ao comemorar um gol ou ganhar uma competição, tem sido rechaçada. Primeiramente pela FIFA, entidade que organiza o futebol mundial e que está em vias de proibir manifestações religiosas durante as partidas. E em segundo, pela mídia jornalistica. Faço menção especial ao artigo escrito por Juca Kfouri no jornal Folha de S. Paulo, cujo título é “Deixem Jesus em paz”.

Foi interessante a sensação que tive ao ler o artigo, compreendo seu contexto ao revés. No fim da leitura, quase vibrei como quem comemora um gol. Afinal de contas tal texto trata-se de uma bela confirmação de que Deus está nesse negócio. Estes craques da fé são tão habilidosos em sua expressão de amor ao Senhor, que ainda que a torcida esteja contra e o arbitro tente encontrar uma falta para prejudicar o time, é impossível neutralizar seu ataque, 1 a 0 para Reino de Deus.

No livro “Louco amor” o autor Francis Chan escreveu, “Alguma coisa está errada quando nossa vida faz sentido para aqueles que não crêem”. É preciso compreender que quando o evangelho incomoda, ele se encontra no mais alto nível de autenticidade. Isso deve nos alegrar, de acordo com o que disse o técnico dos técnicos em Mateus 5:10: “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus”.

Agradeço a Deus por artigos assim, como o do Kfouri, que colocam o evangelho do reino em primeiro lugar no ranking dos céus. Nossa postura quanto as proibições é orar por esses jogadores, para que sejam ousados para continuar colocando o nome de Jesus no peito. No mais irmãos, deixem Jesus incomodar.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

As incoerências que preciso viver (Parte 1)


Diminuindo para crescer

Fl 2:5-11

O incoerente é aquilo que não tem lógica, nem ordem ou harmonia, é o desconexo, o ilógico, contraditório. Redundâncias à parte, imagine eu, porte físico magro, pesando cerca de 60 quilos, camiseta tamanho pequeno, calças número 38. Deu pra perceber que sou um rapaz franzino, agora, e se você descobrisse que sou campeão de halterofilismo. Bem, isso explicaria com clareza o significado do que é incoerente.

As incoerências nos incomodam. Porque para nós seres humanos a harmonia é importante, pois aponta para o que é certo, determinando limites. Por isso não gostamos de ser chamados de incoerentes. No entanto, existem algumas incoerências que precisamos viver, e no decorrer das próximas linhas, vamos analisar tais incongruências necessárias.

O que fez de Cristo alguém tão grande foi a forma como ele se tornou pequeno. A maneira como Ele não se apagou ao luxo de ser Deus, deixando de lado sua maravilhosa natureza é impressionante. Mas seu exemplo de humildade não deve gerar em nós apenas sensações de admiração poética, porque o que Jesus fez vai além.

O apego a determinadas coisas torna-se um problema. Alguns de nós, por exemplo, se apega ao consumismo, outros se apegam a uma posição, seja ela política, profissional ou até mesmo eclesiástica. Note que, os homens consideram que uma boa posição é aquele que lhe faz grande. Não obstante, para Cristo a posição para se tornar grande é aquele que nos faz pequenos.

O apego aos bens materiais e ao egoísmo é um dos clássicos problemas da igreja dos nossos dias. É comum ver igrejas onde o destaque de suas programações está na reconquista financeira – que é bíblica, diga-se de passagem. Mas que esta envolta por uma máscara de engano em algumas ocasiões.

Pedro e João estavam tão cheios de mesmo sentimento de Cristo descrito em Felipensses, que ao serem abordados pelo paralítico que estava a porta do templo pedindo esmolas - não tendo nada - deram tudo o que eles tinham. Às vezes, nos apegamos até mesmo ao dom que temos e começamos a retê-lo para nós mesmos.

Termino esta etapa falando de algo que não devemos nos apegar. Cristo não se prendeu ao fato de ser uma pessoa extremamente distinta de nós pecadores e resolveu abrir mão de suas peculiaridades para estar conosco e se relacionar nos servindo e amando. Veja que por sua natureza, ele estava fazendo isso com pessoas terrivelmente "chatas".

Quantos irmãos em Cristo - ou até mesmo os que não são - consideramos pessoas chatas. Isso por conta da incompatibilidade de gênios entre outros fatores. Diante disso nos prendemos a nossas preferências e deixamos de nos diminuir para bem relacionar, servir e amar os nossos eleitos incompatíveis irmãos. Ao olhar pra forma como o Salvador se fez pequeno, um desprendimento como estes parece ser bem razoável. Portanto vamos nos desapegar e diminuir e começar a amar e servir.