sexta-feira, 24 de julho de 2009

As incoerências que preciso viver (Parte 1)


Diminuindo para crescer

Fl 2:5-11

O incoerente é aquilo que não tem lógica, nem ordem ou harmonia, é o desconexo, o ilógico, contraditório. Redundâncias à parte, imagine eu, porte físico magro, pesando cerca de 60 quilos, camiseta tamanho pequeno, calças número 38. Deu pra perceber que sou um rapaz franzino, agora, e se você descobrisse que sou campeão de halterofilismo. Bem, isso explicaria com clareza o significado do que é incoerente.

As incoerências nos incomodam. Porque para nós seres humanos a harmonia é importante, pois aponta para o que é certo, determinando limites. Por isso não gostamos de ser chamados de incoerentes. No entanto, existem algumas incoerências que precisamos viver, e no decorrer das próximas linhas, vamos analisar tais incongruências necessárias.

O que fez de Cristo alguém tão grande foi a forma como ele se tornou pequeno. A maneira como Ele não se apagou ao luxo de ser Deus, deixando de lado sua maravilhosa natureza é impressionante. Mas seu exemplo de humildade não deve gerar em nós apenas sensações de admiração poética, porque o que Jesus fez vai além.

O apego a determinadas coisas torna-se um problema. Alguns de nós, por exemplo, se apega ao consumismo, outros se apegam a uma posição, seja ela política, profissional ou até mesmo eclesiástica. Note que, os homens consideram que uma boa posição é aquele que lhe faz grande. Não obstante, para Cristo a posição para se tornar grande é aquele que nos faz pequenos.

O apego aos bens materiais e ao egoísmo é um dos clássicos problemas da igreja dos nossos dias. É comum ver igrejas onde o destaque de suas programações está na reconquista financeira – que é bíblica, diga-se de passagem. Mas que esta envolta por uma máscara de engano em algumas ocasiões.

Pedro e João estavam tão cheios de mesmo sentimento de Cristo descrito em Felipensses, que ao serem abordados pelo paralítico que estava a porta do templo pedindo esmolas - não tendo nada - deram tudo o que eles tinham. Às vezes, nos apegamos até mesmo ao dom que temos e começamos a retê-lo para nós mesmos.

Termino esta etapa falando de algo que não devemos nos apegar. Cristo não se prendeu ao fato de ser uma pessoa extremamente distinta de nós pecadores e resolveu abrir mão de suas peculiaridades para estar conosco e se relacionar nos servindo e amando. Veja que por sua natureza, ele estava fazendo isso com pessoas terrivelmente "chatas".

Quantos irmãos em Cristo - ou até mesmo os que não são - consideramos pessoas chatas. Isso por conta da incompatibilidade de gênios entre outros fatores. Diante disso nos prendemos a nossas preferências e deixamos de nos diminuir para bem relacionar, servir e amar os nossos eleitos incompatíveis irmãos. Ao olhar pra forma como o Salvador se fez pequeno, um desprendimento como estes parece ser bem razoável. Portanto vamos nos desapegar e diminuir e começar a amar e servir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário