quarta-feira, 1 de outubro de 2008

RECONSTRUIR


O manejo da composição é um mistério. As idéias podem surgir no trânsito, no café da manhã, no banho, entre outras situações um tanto quanto inusitadas. Uma das minhas experiências mas interessantes com composições, foi a que deu origem à canção “Ponte”.

Foi durante a celebração de um culto. Antes da palavra, Danilo, meu pastor, me falou baixinho sobre o que ele ia pregar e pediu que pensasse numa música para o final do sermão. Ao consultar o meu não muito vasto iPod cerebral, senti um frio na barriga. Não achei nada no banco de dados.

Não entendi até hoje, mas antes de ir para minha cadeira ouvir a mensagem, decidi levar junto o violão. Me dirigi então até o hall de entrada do prédio junto com Danilo, nosso tecladista. Começamos a ouvir as primeiras palavras da pregação, com uma sinergia que nunca mais senti, começamos a escrever o verso, definir a harmonia e com a mensagem chegando ao final, terminamos a música.

Ficamos ainda uns cinco minutos sussurrando a letra pra não esquecermos a melodia e não chamar a atenção. Subimos depois para a plataforma e apresentamos a palavra cantada. Para nós foi muito satisfatório, gerar em parceria com o pastor uma canção que aborda perdão e reconciliação, tão primordiais para o corpo de Cristo na terra. Quantas pessoas eu já conheci que por conta da mágoa, da falta de perdão, estão travadas, presas pelo diabo.

Esperamos que as pessoas que um dia vão ouvir essa música no cd, possam refletir na frase a seguir e serem impulsionadas a dar um passo. “Não sei se quando você olha para trás enxerga pontes caídas. Se há e você tem consciência de que um dia elas foram levantadas por Deus, vale à pena voltar e tentar reconstruir”, Danilo, pastor.

Plantando uma árvore

Há alguns anos conheci Danilo, nosso tecladista. Ele é irmão do Felipe - discípulo de Cristo, sob meus cuidados. Na ocasião sua ponte de ligação com Deus e com a alegria estava caída. Na noite em que pela primeira vez nos falamos como amigos, depois de orarmos juntos por um novo tempo de Deus na vida dele, lembro-me de lhe ter dito que iríamos fazer uma atitude profética. Plantariamos uma árvore juntos, e acompanhariamos seu crescimento comparando com o crescimento da nossa amizade e de seu relacionamento com Deus. O fato é que, naturalmente não plantamos aquela árvore. Mas plantamos uma amizade que cresceu e tem dado muitos frutos de alegria para nós. E vejo que as raízes do Danilo em Deus hoje são profundas e tem alcançado as águas da vida eterna. Suas conquistas apenas começaram, os melhores frutos ainda virão.

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